quarta-feira, 13 de março de 2013

Habemus Papam



O quanto uma modificação realmente pode fazer diferença em uma população?

Hoje eu tava pensando nisso pela questão do Papa, ou do novo Papa. Tanto faz na verdade. Porque em relevância para a grande maioria das pessoas, ter ou não um Papa é apenas uma questão protocolar, e isso acho que todo mundo concorda ou já pensou.

O que fez o tal do Bento XVI? Além é claro de falar bobagem!

Eu vejo essa situação de mudança de comando com apenas uma utilidade! Trazer notícia pra mídia mainstream. As redes de televisão se deleitaram com uma mudança de Papa. Mergulharam no assunto como capivara em final de seca.

Hoje eu tava conversando com meu irmão antes de ir ao shopping ( ¬¬ ), e fiz algumas perguntas pra ver se ele tinha as mesmas sensações que eu, até porque eu não assisto nenhum canal aberto, não vejo notícias, não leio jornal. Eu me informo 100% pela internet. Seleciono minhas fontes e quase sempre não tenho problema com o que seleciono em nível de veracidade.

Enfim... O que aconteceu na nossa conversa foi que nós concordávamos sem saber. Nenhuma rede de comunicação falou grandes coisas sobre a Igreja, e a Igreja não fez lá grandes coisas pra ser falada.

Ninguém mudou a vida de ninguém e ninguém quis mudar. E do nada muda o Papa e “ahhhhhhh temos do que falar”. Pra mim é apenas desespero por audiência. Até aí tudo bem, mas o que me impressiona é o poder que a televisão aberta tem. Quase todo mundo falando sobre o Papa. A TV não manda tu falar sobre o assunto que ela passa, ela apenas da a opção.


Agora que eu voltei pro Twitter mais a sério, e mesmo antes no Facebook. É impressionando o quanto as pessoas falam sobre exatamente o que tá passando na TV na hora que está passando. Às vezes acho que não sou desse mundo. Porque não sei absolutamente do que se trata, simplesmente porque 90% são coisas inúteis, não que eu me escape disso, não me escapo. Só que eu vejo coisas inúteis em outros canais onde eu não vou ter a minha experiência usurpada! (Isso é complicado, outro dia explico).

Todo mundo falando do Papa, depois todo mundo falando do BBB, depois todo mundo falando do Hugo Chávez, aí vem à guria lá de Cuba e quando vê tá todo mundo falando do Pastor que odeia Gays e Negros.

Tá, agora talvez perguntem: “Tá, e qualé o problema?”. Olha... Falar sobre qualquer assunto que tu queira não tem problema, mas tu já notou a pequinês do Universo de assuntos a serem comentados? E que isso tudo vem do mesmo lugar? Não é Globo, Band, Record. Todas as emissoras passam as mesmas notícias todo o santo dia. O que eu to querendo dizer? Que se a TV não fala que aquilo existe, ninguém vai falar que aquilo existe. A opinião é pessoal (mais ou menos) o assunto a ser opinado não!

Isso é o problema.

Outra questão que eu queria falar é sobre toda a repercussão que um sistema completamente arcaico e considerado injusto pela maioria das pessoas, é claro, em outras situações, chega a ser louvado.

Do que eu to falando? Do sistema de escolha. O Papa é escolhido em um “Conselho” fechado, pelas pessoas de poder que tem seus interesses sobre como agirá esse indivíduo selecionado, no caso, O Papa. 

Nenhum seguidor é consultado, o fiel não tem escolha nem pensamento. A questão de a maioria católica tender a ser hoje em dia mais ortodoxa ou não, não faz nenhuma diferença. Se fizessem uma pesquisa, será que os católicos do mundo são mais ou menos favoráveis ao casamento gay? Bom... Não importa a igreja não da à mínima. É um sistema quase ditatorial, e monárquico, onde o Papa só perde o poder por renúncia ou morte. Claro que não assume o filho, pois na Idade Média isso foi proibido para a igreja não perder mais terras.

Agora a questão é, o fiel não sabe quem será o Papa, não sabe o que ele fará. Não sabe se ele concorda com os pensamento do novo Papa, e está lá acendo feliz pelo pontifício.

Isso meus caros, é uma das únicas ainda existentes demonstrações de completa ignorância involuntária no Ocidente para a escolha de algum “Líder”. Onde não importa quem é, o que faz, o que pensa o Líder. Precisamos de um. E essa antiguidade obviamente está na Religião. Não vejo a hora e o dia de não existir mais Vaticano.

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