quarta-feira, 16 de maio de 2012

Full Of Bullshit


Não para, de jeito nenhum…

Chega a ser inacreditável a incapacidade de autocrítica e autoanálise das pessoas que ocupam esse mundo.

Sim, admito sem problemas que essa é uma generalização absurda, mas a indignação com a estupidez exaurida pelos poros da maioria chega a doer o suficiente pra “imputecer” qualquer um que tem como visão pessoal ser lógico e correto com as coisas nas quais vê.

Nós estamos agora no mundo do compartilhamento! E isso é ótimo, e ao mesmo tempo é horrível, pois da as pessoas completamente incapazes a possibilidade de falarem e darem seus “pitacos” sobre coisas sérias.

O compartilhamento de imagens, vídeos, nomes, idéias e, principalmente, de opiniões com pitadas de trollagem criaram uma rede absurda de informações falsas, mal explicadas e opiniões completamente estúpidas.





Estamos em uma fase de liberdade de expressão enorme e, quanto a mim, não tenho absolutamente nada contra isso, mas existe um porém. A opinião errada sobre um assunto sério, técnico e importante não é liberdade de expressão, e sim, uma irresponsabilidade com a verdade e com o assunto específico em si.

Hoje qualquer pessoa acha que tem o direito de opinar sobre qualquer assunto independente de obter ou não conhecimento sobre o mesmo. Vou dizer a vocês, a alguns anos isso não era um problema, pois por mais que essas mesmas pessoas opinassem sobre as mesmas coisas de hoje, os assuntos morriam em bares, salas de aula e de escritórios e por aí vai.

Com a conexão quase obrigatória do mundo, com a capacidade de vídeos do YouTube, imagens pelo Facebook e sites a fora virarem virais, certos assuntos extremamente complexos chegam aos ouvidos e olhos de um público leigo tão incapacitado que não consegue identificar a própria ignorância. E a partir disso esse mesmo público fala... E como fala... E como fala bobagem!

Não consegui ver ainda alguma modificação do rumo natural das coisas por culpa disso, mas me preocupo muito com isso. Já temos um sistema governamental que é simplesmente indiferente ao funcionamento técnico dos assuntos que o mesmo decide. Mas ainda não vi uma pressão pública forte nascer a partir de uma opinião leiga, cheia de bobagens, que acha estar fazendo parte do lado certo, ou correto de uma determinada questão. Acho que ainda hoje o compartilhamento desse tipo de material não tem força para mover uma massa equivocada que consiga tal façanha, mas isso não significa que não terá.

A quantidade de mentiras, bobagens, asneiras escarram a irresponsabilidade das pessoas para com os assuntos técnicos. E o pior é que eu tendo a crer que isso tudo é simplesmente falta de capacidade das pessoas de analisar o que significa a tal liberdade de expressão.

A real importância da possibilidade de poder fazer parte do mundo através da fala e o que significa a total liberdade para com isso foi completamente esquecida e vulgarizada.

O poder da palavra hoje é completamente diminuído, mal utilizado e perigosamente espalhado!

Alias, não me venham dizer que sempre foi assim, pois a nível mundial essa liberdade existe a no máximo 60 anos, com o período pós guerra. E no Brasil faz 26, 27 anos com o fim da ditadura que a liberdade de expressão começou.

O poder da palavra, o poder da voz e os efeitos da opinião são novos, e com a internet unida à incompreensão são um perigo. Ainda mais em um país onde os interesses governamentais estão acima de qualquer entendimento técnico!  

Estamos mergulhados em uma sopa fria cheia de bobagens!

terça-feira, 27 de março de 2012

Kony 2012 - Dissecação Básica

 Ai ai… vamos lá…

Cara… vou ser sincero quando digo que faz muito tempo que quero escrever sobre isso, mas a complexidade e o tamanho do trabalho me fazem dar refugadas de pouco em pouco, mas enfim, acho que é hora!

Ignorância!

Não me levem a mau, mas essa palavra caracteriza um pouco grande parte de todo mundo inclusive de mim... E antes de se sentirem ofendidos eu digo para levarem essa palavra no sentido encontrado no dicionário e não no sentido pejorativo da mesma. A ignorância é caracterizada pela falta de conhecimento sobre algo; Por exemplo, se eu perguntar a uma pessoa se ela sabe as regras para se jogar Golfe, e essa mesma pessoa me responder: “Não”, eu posso afirmar sem nenhum tipo de ofensividade que essa pessoa é ignorante quanto ao funcionamento das regras do Golfe. Assim como eu sou ignorante quanto ao conhecimento para construções de uma casa, regras de Peteca, trabalhar em um editor de vídeo, regras de português e o que acontece na novela das 9.

Toda essa falta de auto-análise e essa mania de opinar sobre absolutamente tudo que aparece faz com que as pessoas achem que tem o direito de criticar ou não qualquer coisa que aparece na mídia sendo ou não ignorantes para com o assunto! Qualquer assunto, de qualquer lugar da forma que bem entenderem! Às vezes eu me pergunto qual é a parte boa da total liberdade de expressão, mas daí eu lembro que a culpa não é da liberdade de expressão, a culpa é da ignorância e da falta de bom senso das pessoas.

Semana retrasada foi lançado um vídeo chamado “Kony 2012”. E nesse momento se esse texto fosse ficar famoso, MUITAS pessoas não leriam o resto e começariam a me xingar nesse exato momento, ou dar as próprias opiniões completamente sem nexo sobre algo que elas nem tentaram analisar ou ler!



O que eu quero fazer com esse vídeo é uma análise sobre ele, “O” vídeo, sobre os acontecimentos pós-vídeo e no comportamento das pessoas para com o vídeo. Então... Mãos a obra...

Eu vou partir do princípio de que quem ler isso, este texto aqui, já viu o tal do vídeo, então não vou comentar sobre o óbvio! O que é o óbvio? O óbvio são as informações diretas dele, tais como: Quem é o Kony, Quem está armando tudo, Quem fez o Vídeo, o que o tal do Kony faz da vida e tudo isso.

Olhando o vídeo pela perspectiva humanitária, ele é simplesmente fantástico. Pelo propósito, pela edição, pelo método de passar a informação e pela execução do projeto. O que resultou obviamente em sucesso. Sucesso imediato, “Kony 2012” é vídeo mais visto em menos tempo na história do YouTube! Por que? Porque ele tem tudo que as pessoas querem, “humanismo”, “injustiça”, um mundo ruim, enfim, realidades que as pessoas adoram mostrar umas para as outras pra exemplificar como o mundo é injusto e você aí comprando um Nike Shox. Como se uma coisa tivesse a ver com a outra, enfim, grande parte do mundo quer julgar, e essa era/é uma oportunidade perfeita!

O sucesso também trás outras duas coisas, Haters e Falsos Gênios Inúteis. Os Haters como eu falei no texto abaixo desse aqui são apenas trolls que querem desmoralizar qualquer coisa sem nenhum motivo, como a famosa frase: “Why? Because Fuck You, That’s why!”.



Agora a pior parte, a real pior parte são os falsos gênios! Eu não sei se existem termos pra classificarmos eles, acho que não, mas a pior parte são eles! Simplesmente porque eles convencem os ignorantes sobre o que eles pensam do assunto em questão! E cara... Em qualquer assunto, qualquer assunto mesmo, existe MUITO mais ignorantes do que pessoas que sabem o que estão falando.

Aconteceu/acontece uma briga gigantesca entre os Falsos Gênios que gostaram do vídeo (Kony 2012) contra os Falsos Gênios que acharam que o vídeo é para enganar trouxas! E isso gera uma quantidade enorme de ignorantes que não sabem nem do que se trata e que utilizam de argumentos dos dois lados pra se sentirem tanto fazendo parte da coisa toda quanto pra se sentirem mais inteligentes suponho eu, não que isso seja proposital, mas é real!

E a questão não é só no vídeo do Kony, quero deixar bem claro que estou me limitando em falar apenas sobre o Kony, mas esse tipo de situação acontece o tempo inteiro em qualquer coisa séria:

- Código Florestal
- Belo Monte
- Lei dos Games
- Novas Regras do Português
- Células Troco
- Transgenia
- Copa 2014

E por aí vai! Não para, e isso é simplesmente péssimo! Porque essas pessoas geram uma quantidade enorme de seguidores e às vezes até conseguem uma maioria sobre algo que eles estão completamente errados! Os ignorantes são maquinas manipuláveis simplíssimas, qualquer argumento ruim/meia boca pode funcionar.
Mas voltando para o Kony, muitas e muitas acusações ocorreram tanto sobre a “Invisible Children” quando ao Jason Russell, fundador da Invisible Children, acusações de pessoas tanto consideradas “importantes” quanto por Falsos Gênios que acham que entendem tudo sobre qualquer coisa.

(Antes de continuar, vou comentar uma coisa. Eu tenho notado, inclusive pela minha parte que absolutamente TUDO de bom que alguém tenta fazer é rechaçado por um grupo de pessoas que está pronta pra desmerecer esse trabalho, seja aonde for, como for e do jeito que for! Pessoas que acham que sabem tudo melhor e criticam qualquer coisa que é feita para tentar melhorar algo. E em 99% dos casos essas mesmas pessoas não fazem absolutamente nada pra melhorar porra nenhuma. Só criticam TUDO!)

As acusações para com a Invisible Children ocorreram em quase todos os campos possíveis:

- Desculpa do governo americano para roubar petróleo de Uganda.
- Uso da ‘ONG’ para arrecadar fundos para os todos os tipos de situações, não só “Kony 2012”.
- União dos ativistas com Políticos corruptos da oposição de Uganda.
- Desvio das doações para a campanha “Kony 2012” para pagar os próprios salários.
- Acusação de Jason Russell de masturbação em público.
- Governo de Uganda afirma que Joseph Kony não está mais em Uganda.
- A pior parte dessa facção foi a 10 anos.

E por aí vai...

Quanto a essas acusações feitas pelos Falsos Gênios que não são tolos e ingênuos de cair numa bobagem dessas de “Kony 2012”, vamos analisá-las uma a uma.

1- Desculpa do governo americano para roubar petróleo de Uganda.

Essa situação tem um ‘q’ verdadeiro de desconfiança, pois realmente foram descobertos no início de 2006, se não me engano, grandes reservas de petróleo que deixaria Uganda como uma produtora de Médio Porte ao lado de Países como o México, o que mexeria fortemente com o investimento estrangeiro dentro de Uganda. Devo dizer que na minha pesquisa só encontrei comparações entre o Potencial de Uganda ser parecido com o Árabe em sites de conspirações e blogs sem compromisso com a verdade, além do que em todas as ocasiões o parágrafo era 100% igual. Ou seja, tudo para ser “fake” na mídia especializada achei a comparação com o México e a questão da produção de médio porte, o que transmite mais autenticidade.
Agora digo a vocês, quando fala-se unicamente em Uganda e Petróleo isso sim tem um ‘q’ de verdade, mas quando fala-se em África, esse argumento chega a ser ridículo.

Em 2002 teve um momento chamado “Boom de petróleo na África”, onde falava-se sobre a corrida e a disputa de companhias de petróleo para usufruir desse achado.

“Durante a última década, a corrida desenfreada para África viu crescer as rivalidades entre as companhias petrolíferas americanas e francesas, à medida que a tecnologia foi abrindo novos campos, nas águas profundas da África Ocidental. Seguiu-se uma rápida expansão, com cada país a convidar os principais prospectores de petróleo na esperança de um grande achado. O resultado foram anos de crescimento rápido, grandes bónus de assinatura e fronteiras indefinidas entre política e negócio.”
– Africa Confidential, Março de 2002

Em um estudo feito em 2003 sobre esse mesmo ‘boom’ era informado os países que estavam aproveitando essa grande “sorte”. Vou simplesmente copiar e colar o que foi dito em 2003.

“Há oito exportadores de petróleo na África Sub-Saariana – Nigéria, Angola, Congo-Brazzaville,Gabão, Guiné Equatorial, Camarões, Chade, República Democrática do Congo e Sudão...] [... Governos em todo o continente, Serra Leoa, Senegal, Níger e Uganda, para nomear só alguns, têm esperança de também poderem lucrar com a abundância de petróleo.”

Isso por si só mostra que não é novidade nenhuma a quantidade na África de petróleo, e mais, caso alguém pense, “Ah, mas agora eles tem o Kony para dar de desculpa”. O Kony é apenas um de vários e vários procurados pela Corte Penal Internacional. Kony está em 1º, mas até o 20º lugar mais da metade estão em diversos países da África, e vários desses países com petróleo.

Além do mais os EUA nunca precisaram utilizar de subterfúgios para inavadir qualquer lugar, os EUA invadiram o Vietnã como EUA, invadiram o Panamá como EUA, invadiram o Afeganistão e Iraque como EUA, se caso precisassem invadir Uganda, eles invadiriam como EUA, não como Invisible Children.

2- Uso da ‘ONG’ para arrecadar fundos para os todos os tipos de situações, não só “Kony 2012”.
4- Desvio das doações para a campanha “Kony 2012” para pagar os próprios salários.

A ‘ONG’ ou fundação simplesmente existe por ela mesma e com doações, quando tu como pessoa ‘doa’ tu estás passando um valor que deixa de ser teu e passa a ser de outra pessoa. O que a organização/fundação faz com a doação é de total responsabilidade da mesma, ou seja, se ela tem vários projetos e necessita diversificar as doações ela pode fazer isso sem nenhum problema a questão ética e moral cabe ao doador.

3- União dos ativistas com Políticos corruptos da oposição de Uganda.

Essa é uma questão complexa, pois não temos informação suficiente para saber ou não se isso é verdade, mas existem algumas coisas que devemos pensar. Primeira é que toda informação pode ser tanto mentira quanto verdade, e que toda a pessoa em foco vai ser passível de ser desmoralizada, seja quem for: jogador de futebol, ator, empresário e apresentador de TV.

Mas vamos para outro porém, obviamente existe a obrigatoriedade de qualquer organização/fundação ter contato com os políticos do país do qual estão se envolvendo. Supondo que existissem (e existem) fundações estrangeiras trabalhando no Brasil para uma causa ‘humanitária’... Existem governantes ativos que se safariam de ser chamados de corruptos?

Qualquer fundação trabalhando no Brasil, por mais honesta que seja seria tranquilamente denunciada a trabalhar com políticos corruptos, pois praticamente todos são, e todas as fundações precisam de uma negociação/autorização política. Agora, se aqui é assim,... Imagina em Uganda!

A pior parte é a possível ligação de Jason Russel com outras facções/grupos libertários, chame do que quiser. Que não são provadas, mas são no mínimo suspeitas.




5- Acusação de Jason Russell de masturbação em público.

Não vou nem entrar nesse mérito. O cara era ninguém e virou celebridade, imagina a quantidade de caras atrás dele para conseguir qualquer coisa que o prejudicasse, inclusive tem a foto dele pelado, imagina o que realmente aconteceu, além do fato que isso NADA tem a ver com o Kony.

6- Governo de Uganda afirma que Joseph Kony não está mais em Uganda.

Além disso estar explicito no vídeo, isso é justificativa para não prende-lo? Ou não criar uma campanha contra todos esses crimes desse cara que são verdadeiros?

7- A pior parte dessa facção foi a 10 anos.

Fato! Hoje a força de Joseph Kony é menor, muito menor, mas volto a repetir, isso é uma causa de uma organização/fundação que se propõem a prender Kony, não outra pessoa, e sim, Kony. Nada no vídeo é mentira, todos os fatos postos e descritos são fatos! Pode pesquisar, pois eu fui e achei tudo.
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O mais importante nisso tudo não é a Invisible Children, não é o Jason Russell, não é o Joseph Kony e sim a modificação no comportamento do povo, do comportamento político, é o que a internet está criando e modificando, as nossas novas possibilidades, alcances e alvos!

Hoje a internet nos une e nos fortalece sem sairmos de casa e o ativismo digitar funciona SIM, não me venha dizer que não. SIM ele funciona, a ficha limpa foi aprovada pelo Twitter e por e-mails lotados. Fato.

Eu poderia ser chamado de ingênuo como vários de vocês por ver qualidade nesse vídeo, mas a real ingenuidade está na falta de pesquisa e informação, na falta de critério e na atitude prematura.

A quantidade de notícias rolando no Facebook que são mentiras passam do absurdo, e ainda escreverei sobre isso! E a mesma coisa acontece para o Vídeo "Kony 2012".


Considero que fiz uma pesquisa básica sobre o assunto e sei que mesmo com o que pesquisei a questão da honestidade de Jason Russell não fica clara, mas fica muito obvio que a maioria das críticas não tem fundamento, o problema é que as vezes apenas uma delas precisa ter.


Além disso o que realmente fica claro é a situação de movimentar o mundo com a internet e esse meu texto exemplifica muito bem o que ninguém faz antes de opinar. Ninguém pesquisa, ninguém procura, ninguém quer saber, mas todos opinam, discutem e falam sobre, além de querer convencer as outras pessoas sobre algo que elas mau sabem.


Escrevendo esse texto ainda não me sinto suficientemente munido de dados para me posicionar sobre o fato específico Kony/Jason/Invisible Children. Com o que você sabia antes de lê-lo você se sentia?

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O importante é a modificação do comportamento de uma cultura global, o vídeo diz:

 “Você pode mudar o mundo pra melhor! Comece!”.

Sem falsas negatividades... Tu não queres um mundo melhor? 


Alguns sites que eu lembrei de deixar abertos que usei pra pesquisa, a maioria eu fechei!

http://crs.org/publications/showpdf.cfm?pdf_id=185

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Oh if I Ketchup, OMG if I Ketchup.

A hipocrisia dos gênios de boteco e o exagero dos “true” de plantão.

Cara... Como eu falei anteriormente eu não to dando muita importância sobre métodos de escrita aqui, pois então, me deu na telha falar sobre música... Na verdade falar sobre como estão falando sobre música.

Não é de hoje que existem comportamentos padrões sobre como se comportar ao lançamento de uma música ou a uma banda inteira. O tipo de pessoa que tu é está diretamente ligado ao tipo de música que tu escuta, e isso não sou eu que estou falando, é a sociedade. Dependendo com quem tu ande vão dizer o que, como, e porque tu faz, fala e se comporta pra qualquer jeito ou coisa existente. O que muitas vezes realmente é verdade, mas várias também não. Não me perguntem de porcentagem.

“Ah eu gosto de NXzero” – Gay emo de péssimo gosto.
“Ah eu gosto de Claudia Leite” – Gay faceiro que não sabe o que é musica.
“Ah eu gosto de assistir Glee” – Gay assumido que não sabe o que é bom na TV.

Pra qualquer coisa tem um “Gênio colossal” pra julgar e descriminar e padronizar gostos.

E o engraçado que é sempre esse mesmo cara que diz que a sociedade tem que parar de julgar.

Uma coisa que tem me chamado a atenção é o tamanho que ganhou em discussão o assunto Michel Teló. Sim, sim, vou falar de Michel Teló (também).

Pra começar, existe uma frase que eu escutei em um programa no YouTube de um canal americano chamado “The Fine Brother” que clareia muito bem a situação do “Ai se eu te pego”.

-“Quando aparece algo que muita gente começa a gostar automaticamente aparecem pessoas que vão odiar aquilo, vão odiar aquelas pessoas”. Jade – 17 anos

Outra coisa interessante desse mesmo programa foi uma pergunta feita a uma guria de 14 anos sobre um programa que estava dando muita audiência nos EUA e existiam pessoas que amavam e outras que odiavam, MESMO. A pergunta foi: “Por que você acha que as pessoas se importam tanto?”

A resposta: “Eu não tenho idéia, eu acho que essas pessoas tem tempo de sobra demais na vida”.

É... Boa resposta, eu também não entendo. Mas tem algo que pode explicar.

Em inglês a palavra usada para essas pessoas é “hater” ou pluralizando “haters”, ou “Odiador”, mas em Português fica péssimo.

O “Hater” é aquele cara que simplesmente odeia, ele odeia sem motivo, razão ou circunstância, ele só odeia, e faz propaganda do próprio ódio, ele é um “Troll” do ódio. “Troll” no sentido “meme” da coisa.

Enfim, quem odeia Michél Teló? Metaleiros, rockeiros, pessoas cultas?

Não, não são esses. Quem odeia o Michel Teló são “Haters”. “Haters” que não sabem que são “haters”.

As pessoas normais ou vão gostar ou não, como qualquer outra coisa na vida delas, como brócolis ou novela das 8:00. Não existe razão, motivo ou circunstância pra tu propagar ódio sem motivo por nada. A não ser que tu seja um “hater”.

Deixa eu dar um exemplo. Uma pessoa que não sabe tocar nenhum instrumento, não tem noção de canto, não entende nada de composição e diz que o M T é uma merda merece atenção? Não!

Tá tá, alguém vai dizer: “Mas a letra é uma merda!!!!”.

Cara, tu já viu “Polly” do Nirvana? A própria letra de “Stairway to heaven” do Led, ou várias do Iron Maiden? Os Beatles têm várias letras bizonhas, assim como milhões de outras bandas!

Agora me digam uma coisa. É justo comparar Michél Teló a The Beatles?

A resposta é obvia né? OK

Vamos para outra parte, várias pessoas ditas “intelectuais” também detonam o MT. Vou explicar uma coisa pra vocês. Existe uma coisa chamada mercado. O Michel Teló compete no mercado do entretenimento, ele está competido no mercado enorme da Noite, da Farra geral, da dança do não intelecto, da juventude, do temporário.

Eu sei que vão existir pessoas que dirão “Mas tem tanta gente boa fazendo ótimas músicas e ninguém da atenção!”. Eu vou perguntar: “Tu da?”.

Tu vai me dizer que tu escutas bandas brasileiras do estilo que tu gosta, seja ele qual for, novas e desconhecidas e divulga o trabalho delas! Não, tu não faz isso! Praticamente ninguém faz isso! Sabe quem faz isso? Pessoas que vão a festas e escutam músicas de festa, porque as músicas entram na cabeça dessas pessoas sem elas pedirem, elas não escolhem, elas ouvem, gostam ou não.
E quando a massa gosta ninguém segura.

O mercado do entretenimento puro é absurdamente maior que qualquer outro mercado, seja na música, na TV, no rádio. O Cult hoje não é mercado, o culto faz parte do limbo, não fede nem cheira. Sabe por quê? Porque essas pessoas fazem propaganda de bandas dos anos 60, 70, e 80.

Isso não é ruim, só não é nada interessante pro novo, pro atual. Onde, ou que tipo de música se renova a cada ano? FESTAS! Entretenimento, nas noites tudo se enjoa muito rápido, precisa sempre se renovar e nada dura muito.

A maioria das pessoas que reclamam do M T são pessoas que escutam Rock/Metal, agora me digam...
Qual é a banda de rock/metal que apareceu nova quebrando tudo? Pra encher estádios? De cara lembro de duas: Avanged Sevenfold e Slipknot. O público pra esse tipo de som é muito restrito. O mercado hoje é pequeno. Nos anos 60 e 70 o Rock/Blues era a moda, pensar era moda, o que fazia com que bandas e mais bandas ótimas surgissem uma após outra sem parar, existia mercado. Hoje não existe!

Quando tu xinga, diminui tanto o Michél Telo quanto as pessoas que escutam ele tu tá sendo extremamente preconceituoso e ignorante, e mais, já que não é o teu estilo, por que tu está te importando de qualquer jeito? Se a resposta for “Porque não tem como não escutar!” eu vou retrucar. É mentira, eu vivo no mesmo mundo que tu e só escuto quando eu boto pra tocar, e isso não acontece.

Para de ser tão preconceituoso e velho ranzinza e vai te preocupar com as tuas coisas, com os teus gostos e com as tuas músicas e programas! E ao invés de encher o Facebook com “Michel Teló é uma merda” porque não, “Essa banda de Caçapava é do caralho!”?

Sério... Calm the fuck down and drink a beer.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

8 a 90º, mesmo número, outro sentido

Tentando renovar um pouco, resolvi trocar tudo pra fazer o mesmo de forma diferente! Sim, sim, seria algo como trocar 6 por meia dúzia, mas embora o significado seja o mesmo se escreve diferente e é realmente isso que eu venho buscar.

Uma das coisas é utilizar a primeira pessoa como método narrativo, algo que eu nunca faço e evito ao máximo por vários motivos, enfim, estou a procura da liberdade poética, errônea e bizarra de se escrever. Até porque minha cabeça não tem funcionado como funcionava e só de ter a idéia de fazer esse novo blog parece que as coisas começaram a tomar a velha forma, e as idéias reapareceram. Espero que não seja fogo de palha. Até porque agora tempo eu tenho.
Bueno, a idéia aqui é falar sobre absolutamente tudo que passa na minha cabeça do jeito que eu bem entender, diferentemente do que eu faço, (e espero voltar a fazer) no meu outro blog que eu epicamente consegui parar de escrever quando começou a repercutir mais. De qualquer modo escrever é algo que realmente eu gosto, e as chamadas “Redes Sociais” não dão o espaço necessário para se articular fatos, bobagens, seriedades e sei lá mais o que de modo útil ou decente, vamos dizer assim. =D

Eu to até anotando as coisas as quais estou pensando em escrever sobre.
Então...


Tá... é isso aí... nova era, musica do angra, fica no Rio, que divide o estado de Santa Catarina!