quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Um Anteparo a Globalização

Várias vezes me paro a pensar sobre cultura, seu significado e quanto a temos ou não. Toda a origem tem uma pré-origem e assim por diante. Nenhum início é do zero e nenhuma cultura é "pura". Sendo assim, vejo que temos sim uma cultura nossa. Uma união de várias outras culturas, de vários outros lugares, e sim, uma cultura muito nova.

Quem nasce aqui tem uma, ou pelo menos, acha que tem. A tão eficiente globalização e os poderes da "youth music" são uma faca quente na manteiga da musica cultural. Rasgam as fracas linhas que nos prendem ao que nós "jovens" nunca vamos conhecer. Falo em 1ª pessoa do plural como se também não soubesse. 

Nossa literatura, arte, modo de escrever, de viver a história desse modo único vai se diluindo aos poucos nas gerações que vão nascendo e desconhecendo a beleza que criamos nesses últimos 3 séculos.

As escolas nos dão anos de ensinamento sobre os últimos 3 mil anos da Europa, uma pitada de história Africana, uma balela de história Brasileira e praticamente nada sobre História Gaúcha.

Além de esmagar a criatividade de todos os jovens com as inúteis decorebas para com a ciência (Biologia, Geografia, Física e Química). Destroem também o amor pela história obrigando alunos a acertar questões de múltipla escolha como se isso fosse algum sinal de inteligência. Quem em sã consciência gosta de ficar decorando datas em livros? Ciência não é descorar, história não é decorar e inteligência não é decorar. 

Destruímos o interesse dos nossos alunos por obriga-los massantemente a ficar decorando livros e mais livros sem dar sentido a nada. Não notamos que estamos acabando com a NOSSA história, com o interesse sobre a nossa história, cultura e arte.

A praticidade de correção de provas por vadiagem minimizam o conceito de inteligência e passam adiante esse erro. Ninguém mais sabe direito o que é inteligência e aceitam o fato de que o mesmo nada mais é do que ir bem em uma prova de decoreba. Triste fato que cada vez mais parece ser um comum pensamento entre os inteligentes burros de provas de múltipla escolha.

Aleijamos nossos jovens dia-a-dia com nosso sistema putrificado de educação com professores incapazes, loucos pra mamar nas tetas do governo com algum concurso que possam passar sem ter a mínima capacidade de empolgar jovens. Pessoas que querem apenas um diploma para poder fazer algum concurso. 

Pessoas que estão cagando pra educação, cagando para os alunos e cagando para o futuro. Pessoas que querem dar a aula e ir embora.

Aniquilamos a vontade de todo o adolescente de querer saber e reclamamos da ignorância criada pelos meio de comunicação. A Globalização, vital e extremamente útil infelizmente vai corroendo a nossa cultura local e ainda a ajudamos sendo inúteis na educação e na empolgação para com a nossa futura geração.

Temos milhares de jovens adultos e adolescentes ocos de História, sem pai nem mãe na cultura e sem raízes com o chão em que vivem, que cantam um hino republicano aos berros, com olhos marejados sem ter absolutamente nenhum motivo racional pra isso.

Não aproveitamos esse amor quase instintivo pela arte, cultura e comportamento nativos. Somos fracos, inoperantes e acomodados esperando que um milagre resolva tudo e um dia tudo de certo.

Não vai dar.

Nossos jovens conhecem mais a história de metade dos países da Europa do que a do próprio chão. Conhecem mais o mundo do que um raio de 120 km de onde nasceram. Conhecem mais a cultura música americana do que a da própria terra, conhecem mais as vestimentas de celebridades do que as dos próprias antepassados.

Nossa cultura morre aos poucos e agoniza lentamente. 

Traço esse paralelo de educação com a nossa cultura, pois um depende do outro. Sem educação matamos nosso futuro como estado, como país, como república culta e como seres humanos. Não estamos matando só o nosso Amanhã, sem educação também estamos matando nosso ONTEM.

Esse nossa geração "vírgula", pode ser a pausa entre frases onde o início foi esquecido.

Tenho medo que quando nos dermos conta, seja tarde demais.

Mas quem nesse mundo de Headlines lê textos... 

Minha declaração ao vento!